Cantora se apresentou na cidade de San Juan nesta terça-feira (30) e
conquistou o público. Show da turnê 'Born this way ball' vem ao Brasil
em novembro
Lady Gaga canta para 15 mil no Coliseo de San
Juan, em Porto Rico, nesta terça (30)
A cortina caiu, o castelo surgiu, o beat começou. Lady Gaga,
então, galopou em um cavalo cenográfico para se “libertar” e iniciar
sua jornada musical de 2h de duração. Dessa forma começou, nesta
terça-feira (30) às 22h (horário local) na cidade de San Juan, em Porto
Rico, o show da cantora americana, ao qual os brasileiros poderão
assistir em novembro
no Rio de Janeiro (9), em São Paulo (11) e em Porto Alegre (13).
Repleta de discursos em prol das minorias, de trocas de figurino e de
hits, a apresentação levou 15 mil pessoas ao Coliseo de San Juan. A
turnê, chamada “Born this way ball”, promove o segundo álbum da
nova-iorquina de 26 anos e é, de fato, bombástica, como tudo o que
envolve Gaga.
Um bom exemplo não demora a aparecer no show, quando o
primeiro grande sucesso é executado no palco: a cantora sai de dentro
de uma vagina gigante, fechada por um zíper, para cantar “Born this
way”. Também chama a atenção a quantidade de roupas usadas por Lady
Gaga. Elas são
bonitas, ousadas, provocativas. Vão desde o “traje de carne” – usado em “Poker face”,
quando ela é colocada por seus dançarinos em um moedor – até o sutiã com pistolas, em “Alejandro”.
Lady Gaga chega de moto em show na Tailândia em junho deste ano (Foto: AFP/Lady Gaga Tour/Yoshika Horita)
Durante o show, os músicos ficam espalhados pelo castelo, e quase
tudo é mesmo tocado ao vivo, com a utilização de poucas bases
pré-gravadas. Tudo, aliás, acontece como um grande musical, com muitos
dançarinos, e com o castelo (o cenário central do espetáculo) se
movendo e se transformando de acordo com a necessidade de cada ato.
No universo de Gaga, todas as pequenas coisas caminham rentes ao
bizarro e ao estranho, ainda que estejam mesmo embrulhadas por uma
embalagem pop. Por isso, as esquisitices do show jamais conseguem chamar
mais atenção do que hits extremamente dançantes, como “Bad romance”
(na qual ela sai de dentro de algo semelhante a um ovo para cantar) e
“Telephone”.
Vale tirar o chapéu para a americana quando o assunto são suas cordas
vocais. Ela canta bem – e para valer – ao vivo, e as músicas ficam um
pouco mais pesadas no show, com mais guitarras e viradas de bateria,
por exemplo, além de modificações em pequenos detalhes nos arranjos.
Palco de Lady Gaga durante show da cantora em San Juan, em Porto Rico (Foto: G1)
Lady Gaga dá muita atenção aos fãs. Não apenas conversando em
diversas ocasiões, mas recebendo os presentes jogados a seus pés por
eles e pincelando gente do público para ir até seu camarim ao final do
show. No Porto Rico, a americana pediu ainda para que levassem um homem
de cadeira de rodas ao palco, que ficou ao seu lado durante toda a
execução de “Hair”, ganhando até um “selinho” no meio da música.
Entre as conversas com os 15 mil presentes, a cantora pediu
animação e brincou: “Não dou a mínima se vocês trabalham amanhã! Quero
que dancem, bebam e se divirtam”. E também agradeceu a todos que
compraram
o ingresso: “Sei o quão difícil é juntar dinheiro para ver um show de
que você gosta”, lembrando, em seguida, dos tempos difíceis em Nova
York, antes do sucesso.
Os discursos são longos e até mesmo repetitivos, mas são exatamente
eles, com a grande ajuda das canções, que colaboram para que Gaga tenha
um legião de seguidores tão fiéis a seu lado, aos quais ela costuma
chamar de “pequenos monstros”.
Famoso 'vestido de carne' de Lady Gaga em show da cantora em San Juan, em Porto Rico (Foto: G1)
Antes de tocar “Marry the night” no bis, que encerrou o show em San
Juan, a cantora chamou um grupo de fãs ao palco para discursar novamente
sobre o quanto sofreu até se tornar uma estrela pop. Lições de moral à
parte, o que ficou claro em Porto Rico é que Gaga tem mesmo um olhar
diferenciado para o entretenimento e a música pop, e ninguém deveria
tratá-la como algo menor do que isso. E nem como algo maior.
Banda britânica Darkness durante show em San
Juan, em Porto Rico (Foto: G1)
Diversão garantida
Escolhido para abrir os shows da atual turnê de Gaga, a banda britânica
The Darkness fez um ótimo show por volta das 20h15, capaz de conter a
ansiedade dos portorriquenhos para ver a cantora e agradar quem já
estava no local. "Vocês são educados e adoráveis, né?", disse o
vocalista, Justin Hawkings, ao ver que o público estava apreciando a
apresentação.
De fato, os presentes respeitaram o grupo e ainda vibraram a cada
demonstração de empolgação dos integrantes ou quando Hawkings alcançava
tons mais agudos – mesmo que o Darkness nada tenha a ver com o que faz
Lady Gaga.
Os inevitáveis hits não faltaram – entre eles, claro, apareceu “I
believe in a thing called love”. O quarteto inglês encerrou seus
trabalhos às 21h, no que foi um show curto, direto e divertido, como
toda banda de abertura deve sempre ser.
Veja, abaixo, as músicas tocadas por Lady Gaga em San Juan nesta terça-feira:
“Highway unicorn”
“Escape”
"Hooker"
"Government hooker"
"Born this way"
"Black Jesus"
"Bloody Mary"
"Bad romance"
"Judas"
"Fashion of his love"
"Just dance"
"Love game"
"Telephone"
"Heavy metal lover"
"Bad kids"
"Hair"
"You & I"
"Electric chapel"
"Americano"
"Poker face"
"Alejandro"
"Paparazzi"
"Scheibe"
"The edge of glory"
"Marry the night"