Marcello Matrone, de 34 anos, levou o desconhecido HIK, da
terceira divisão finlandesa, a ganhar espaço na imprensa mundial. Tudo
por causa das suas comemorações de golos, que misturam criatividade e um
pouco de bizarrice. Afinal, não é todos os disa que se vê alguém a
fantasiar-se de Shakira e ser abraçado por um Piqué «genérico» após
balançar as redes.
A ideia de comemorar de uma forma irreverente
teve a contribuição de outros brasileiros. «Já estava cansado de sambar,
pois estava a marcar muitos golos e já não tinha graça. Resolvemos
fazer algo de novo e deu certo», diz o jogador, destacando os parceiros
Bruno Gomes e Alysson Soares.
O brasileiro falou sobre as suas fontes de inspiração e afirma que
conseguiu superá-las. «Sou fã número 1 do Neymar, do Viola e do Paulo
Nunes. Eles fizeram muita alegria nas comemorações na época deles.
Agora, no momento, eu colocar-nos-ia em primeiro lugar no ranking das
comemorações, pois são mais criativas e engraçadas e o público esta a
gostar muito, sempre a pedir uma nova», diz.
Matrone já tinha o costume de festejar os seus golos com danças ou
algo engraçado. «A ideia de colocar perucas e adereços surgiu aqui no
HIK», ressalta. A primeira coreografia mais elaborada foi uma imitação
de Lady Gaga. A repercussão foi imensa. «Estava tudo combinado antes do
jogo. Foi um choque no estádio. Todos desataram a rir-se e acharam muito
engraçado. Ganhamos por 5 a 1. Durante aquela semana, ninguém comentava
sobre o jogo, apenas sobre a comemoração», lembra.
Natural de Rio Verde-GO, Matrone está no AIK há três temporadas. Ele
começou a carreira na sua cidade-natal e logo depois foi para o
estrangeiro, numa jornada que já dura há dez anos. Com passagens por
clubes da Alemanha, Bélgica e Marrocos, chegou à Finlândia por acaso.
«Estava a jogar na Alemanha e, nas férias, um empresário local
convidou-me para fazer uns jogos para uma equipa da Finlândia. Acabei
por ficar e assinar contrato com uma equipa da primeira divisão», conta.
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