Lady Gaga agradece a Dmitri Medvedev por se posicionar contra a lei antigay

Cantora norte-americana enviou carta ao primeiro-ministro russo

A cantora norte-americana Lady Gaga, que se apresentou no final de semana em São Petersburgo, enviou uma carta ao Primeiro-Ministro russo, Dmitri Medvedev, elogiando o chefe de governo da Rússia por ter dito, publicamente, que não vê necessidade de existir legislação específica, proibindo a propaganda e a apologia ao homossexualismo.

Lady Gaga se referia a uma lei regional de São Petersburgo, que proíbe a exaltação do homossexualismo, e à entrevista concedida por Dmitri Medvedev, na sexta-feira, 7, à cinco emissoras de TV da Rússia, na qual ele abordou a questão.

Lady Gaga é cercada pelos fãs em São Petersburgo

Na carta, Lady Gaga agradeceu e elogiou o chefe de governo russo. “Obrigado, Sr. Primeiro-Ministro Dmitri Medvedev por demonstrar inteligência e não dar suporte a uma lei que prejudica boa parte do meu público e dos meus fãs. Da forma como o senhor se expressou, todas as pessoas na Rússia, tenham a opção que tiver, poderão prestigiar os meus shows.”

O parlamento russo apreciará uma lei, na próxima semana, que proíbe a propaganda e a apologia ao homossexualismo em todo o território da Rússia. Atualmente, só existem legislações regionais regulando a questão, como é o caso de São Petersburgo. Em razão desta lei, a cantora Madonna foi processada por um grupo de moradores da cidade, que viram no show por ela realizado em agosto deste ano diversas manifestações a favor do homossexualismo e dos homossexuais.

Madonna foi notificada do processo, mas não compareceu ao julgamento. Além dela, membros da sua equipe de produção e os organizadores do show foram incluídos na ação. Os autores do processo queriam que Madonna fosse condenada ao pagamento de indenização milionária por danos morais. Mesmo julgada à revelia, Madonna foi absolvida pela justiça de São Petersburgo, que determinou o arquivamento da ação por falta de provas, fundamentos e indícios de materialidade. Lady Gaga, por sua vez, também elogiou a decisão da justiça de São Petersburgo e declarou que vai continuar em sua luta pelos direitos dos homossexuais.