“South African Times”: Gaga é uma obra de arte em evolução!

Lady Gaga realizou seus dois primeiros shows na África do Sul, o primeiro foi emJoanesburgo na última sexta-feira, e o segundo foi ontem, em Capetown, ambos lotadose como sempre, ela realizando um grande show. Assim, o “South African Times” publicou uma matéria sobre a cantora que segundo eles, “é o símbolo desta geração”.

O estádio escureceu, as gramas já estão crescendo, os restos de um grande fim de semana já se foram.

Mas os nomes que saem dos lábios do Joanesburgo ainda são, “Gaga” e “The Prodigy”.

E por um bom motivo, ambos deram os melhores shows que já assisti em Joanesburgo.

Gaga com sua “Born This Way Ball” no “Soccer City” e o The Prodigy em Synergy Live.

De Gaga para Gaga.

Como já disse antes, eu não sou um fã de Lady Gaga e continuo não sendo, eu só gosto de música pop em geral. Mas não há como negar que a mulher tem muito talento.

De entrar no palco em um cavalo, fazer seu próprio parto, dançar com gotas de sexo e magnificência, Black Jesus e pernas abertas em cima de um sofá feito de carne, esse desempenho foi nada mais nada menos que espetacular. Cada minuto.

Todo mundo que conheço que esteve lá ficaram encantados. Vocês tinham que estar lá para verem o quão impressionante é. Excelente produção, Lady Gaga e sua trupe foram simplesmente fenomenais, algo que todo artista Sul-Africano deveria estar lá para ver.

Ela cantou a maior parte suas famosas músicas de pista de dança com um som de fundo apenas a apoiando nos momentos dos refrões, e as danças formaram seu desempenho em uma obra de arte.

Precisão, detalhe e estilo, não deixou a bola cair nenhuma vez. Nenhuma única vez. E com a Lady no comando, trocas de roupas não duravam mais de 5 minutos, foi realizado tudo em conjunto com estilo e puro domínio.

No entanto, eu achava que a maravilhosa iluminação foi a cartada final do show, mas foi provado o contrario – exibicionismo a parte – Lady Gaga é uma excelente músico.

O ponto principal de suas músicas é que é acessível, ousado o suficiente para que as pessoas prestem atenção.

Eu também pude ver o por quê das pessoas amarem odiar ela, eu pensei nisso também - ela é irreverente, mas sem ser desrespeitosa.  Ela é perigosa sem representar qualquer perigo. Ela exala sexo e força os limites da sexualidade sem ser (totalmente) explicita.

Lady Gaga é apenas uma forma de arte maior que a vida. Ela já não é mais Stefani Germanotta que começou a tocar aos 11 anos de idade. Ela se fez como um ícone, uma imagem que as pessoas amam, observam e odeiam.

“Nem mesmo Jesus Cristo dá importância. – disse ela para uma multidão e pessoas chorando.

Vocês sempre terão um lugar comigo. – disse Gaga.

Eu não sei se é verdadeira ou não, e eu realmente não me importo, porque o trabalho que ela faz é incrível – algo que eu desejaria poder fazer.

Truques e performance de palco à parte, o que realmente me impressionou foi seu talento natural. Toda despojada, apenas um piano, sua performance da acapela de “Born This Way” foi o que me cativou.

Eu nunca tinha percebido a voz impressionante que ela tem. Acompanhada por uma banda que merece mais méritos do que já tem, ela poderia cantar “Parabéns” que ainda me deixaria de queixo caído com aquela voz.

Esta jovem mulher que é um fenômeno em sua fase de glória, todas suas inseguranças sobre ela mesmo acabaram. Ela não é a Gaga de 2008. Ela é uma obra de arte em evolução, mudando a cada álbum e a cada turnê. Ela já percorreu um longo caminho, ela se tornou um símbolo desta geração.